quarta-feira, 21 de março de 2012

História do Festival de Balonismo de Torres

O Festival de Balonismo em Torres iniciou por acaso. Em 1989, durante os preparativos da II FEBANANA, festa anteriormente realizada no Município, os organizadores resolveram inovar e trazer alguns balões para a divulgação do evento. O interesse do público pelos balões foi tanto que, em outubro daquele ano, surge o 1º Festival Sulbrasileiro de Balonismo em Torres. A FEBANANA não mais se realizou no Município, enquanto que o Festival de Balonismo passou a ser realizado anualmente, tornando-se o principal e mais tradicional evento da cidade.
 
A 1ª edição do Festival foi um verdadeiro sucesso, contou com a participação de 10 enormes e coloridos balões e chamou a atenção principalmente por se tratar de um evento inédito no sul do país. Jornais expoentes do Rio Grande do Sul divulgaram e destacaram o acontecimento, possibilitando que pessoas de todo o Estado tomassem conhecimento deste evento. Realizado no mês de outubro, porém, os ventos da primavera atrapalharam um pouco a competição, impedindo os balões de alçarem vôo em muitas provas.
 
A cada ano, aumenta o número de balões no evento, colorindo ainda mais o céu de Torres. Também balonistas e suas equipes ganham a empatia do público que, gradativamente, cresce a cada nova edição do Festival.
 
Fatos marcantes, ocorridos durante os dezoito anos de Festival, valem ser lembrados:
 
Na 3ª edição, a novidade foi o número recorde de balões (22) e de público participante (25 mil pessoas), atraídos especialmente pela chegada de helicóptero do Coelinho da Páscoa, e pelo Bal ão da Xuxa, que pela primeira vez se apresentou em Torres;
 
Na 4ª edição do evento, em 1992, o paulista Leonel Brites realizou a façanha de apanhar as chaves do carro 0km oferecido como prêmio na Prova do Mastro. A chance desta prova ser concluída é de apenas uma em cada cem;
 
Em 1993, Lincoln Freire realizou um vôo pendurado num balão em forma de lata da Skol, fato in édito na América do Sul até então.
 
Em 1994, o Programa Jornal do Almoço, da RBS TV, foi realizado ao vivo, direto do evento, durante a abertura da 6ª edição. O show nacional da banda Só Para Contrariar foi a outra grande atração do evento;
 
No 7º Festival de Balonismo, o público assistiu ao casamento do piloto paulista Eduardo de Melo com a torrense Patrícia Pompermaier, dentro de um balão semi-inflado. No mesmo ano, dois balões foram levados para o mar, sendo seus tripulantes resgatados por um helicóptero da Brigada Militar.
 
No festival de 1997, 9ª edição, além da presença de 30 balões – as estrelas da festa, provenientes do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Argentina, Uruguai, França e Inglaterra, o evento contou com diversas atrações paralelas. Shows com as bandas Titãs e Negritude Júnior, para-quedismo, acrobacias aéreas, espetáculo pirotécnico, Night Glow (dança dos balões iluminados, ao som da 9º Sinfonia de Beethoven) e a realização da Mostra Regional de Turismo, do 1º Exposul (mostra de móveis, decoração e serviços) e das Feiras de Vestuários Outono/Inverno e da Construção Civil foram algumas das atra ções;
 
Na 10ª edição, o vento voltou a pregar peças nos balonistas, levando novamente um balão em direção ao mar, assustando piloto e auxiliar. O balão chegou a entrar cerca de 500 metros mar à dentro. Neste mesmo ano, o balonista Ricardo Free e seu companheiro, João Batista Rosa, conseguiram repetir a façanha de Leonel Brites, pegando a chave de um carro 0km na Prova do Mastro. Os shows de Elba Ramalho e Leandro e Leonardo foram a sensação do evento, que contou também com a realização paralela do 1º Encontro Nacional de Pipas, com distribuição de cinco mil “kits pipas” para os participantes do evento, que aprenderam a montar e empinar pipas.
 
Em 2000, o Festival de Balonismo ganhou o status de Festival Internacional de Balonismo.
 
O sucesso das muitas edições do evento consolidou Torres como a Capital Brasileira de Balonismo.
O Festival é hoje o principal evento promovido pelo município, posto que se deve, entre outras coisas, a sua continuidade (em 2006, o Festival completou sua 18ª edição), singularidade (eventos consecutivos como este são realizados apenas em dois outros lugares no mundo: Albuquerque, no Novo México, e Chateau D’Ouex, na Suíça) e a mídia espontânea que gera em veículos de rádio, TV e jornais.











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