quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Alterações na Linguagem

Predominantemente Funcional

DISFEMIAS

São perturbações intermitentes na emissão das palavras, sem que existam alterações dos órgãos da expressão. Neste grupo de transtornos da linguagem o distúrbio mais importante é a gagueira (tartamudez). A Disfemia é uma desordem da comunicação humana que vem despertando a curiosidade de fonoaudiólogos, foniatras, psicólogos, psiquiatras e outros profissionais afins, além de leigos que lidam com indivíduos portadores de gagueira . Caracteriza-se por hesitação, silabação, precedida ou intercalada dos fonemas qui, que, ga, gue. A gagueira revela a tendência de aumentar ou diminuir sob a influência da emoção.

DISFONIAS


Não se trata, propriamente, de alteração da linguagem, mas de defeitos da voz consequentes a perturbações orgânicas ou funcionais das cordas vocais ou, ainda, como conseqüência de uma respiração defeituosa. Seria então, a Disfonia, um distúrbio da voz, como rouquidão, soprosidade ou aspereza.
A Disfonia é subdividida em:

a) Disfonia Funcional: Alteração da voz resultante de abuso vocal ou mal uso. Não apresenta qualquer causa física ou estrutural.
b) Disfonia Orgânica: Alteração da voz, causada ou relacionada a algum tipo de condição laringiana ou doença.
LOGORRÉIA: Na vida comum encontramos muitos charlatães cuja incontinência verbal poderia ser comparada a uma forma menor e de certo modo subnormal da logorréia: o palavrório feminino fútil e inconsistente de certas reuniões sociais, a facúndia e conversa cínica de certos embusteiros, as explicações discursivas intermináveis de propagandistas e vendedores.
A logorréia é comum em todos os casos de excitação psicomotora, principalmente nos estados maníacos e hipomaníacos, na embriaguez alcoólica; em casos de demência senil, a logorréia está reduzida, muitas vezes, a um verbigeração incoerente.

BRADILALIA: Consiste numa diminuição da velocidade de expressão, como resultado da lentidão dos processos psíquicos e do curso do pensamento. Observa-se no parkinsonismo pós-encefalítico, em casos de epilepsia pós-traumática.

VERBIGERAÇÃO: É a repetição incessante durante dias, semanas e até meses, de palavras e frases pronunciadas em tom de voz monótono, declamatório ou patético. É observada nos estados demenciais, em psicoses confusionais e na esquizofrenia, especialmente na forma catatônica.

MUTISMO: Mutismo é a ausência de linguagem oral. O mutismo tem origem e mecanismos os mais variados. Nas doenças mentais, é observado nos estados de estupor da confusão mental, da melancolia e da catatonia; nos estados demenciais avançados, na paralisia geral e na demência senil. Na esquizofrenia, o mutismo adquire uma importante significação. Pode decorrer, nesse caso, de interceptação do pensamento, de perda de contato com a realidade, de alucinações imperativas ou de idéias delirantes de culpabilidade. Com muita freqüência, os catatônicos não falam nem respondem ao interrogatório, dando-nos a impressão de que se encerram voluntariamente no mais completo mutismo.

MUSSITAÇÃO: É a expressão da linguagem em voz muito baixa; o enfermo movimenta os lábios de maneira automática, produzindo murmúrio ou som confuso. É um sintoma próprio da esquizofrenia.

ECOLALIA: Ecolalia é a repetição, como um eco, das últimas palavras que chegam ao ouvido do paciente. Em condições patológicas, observa-se nos catatônicos. O fenômeno tem muita semelhança com a perseveração do pensamento, observada nos epilépticos. Os enfermos repetem como um eco não só as palavras que lhes são dirigidas, como partes de uma frase que escutam ao acaso.
Não se pode fazer distinção clara entre a ecolalia manifestada por um esquizofrênico crônico e um enfermo portador de um transtorno cerebral orgânico, pois ambos os pacientes podem ter em comum uma notável alteração dos processos intelectuais e da intencionalidade.

NEOLOGISMO: Neologismos são palavras criadas ou palavras já existentes empregadas com significado desfigurado. Pode ser um sintoma comum na esquizofrenia.

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